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14/06/2005 14:32:14

A luz no fim do túnel

A luz no fim do túnel

O momento passado por Wally, autor da música, reflete a tentativa do ser humano em manter vivo um êxito, aspirando poder tê-lo sempre que quiser. Na seqüência, “Um Minuto Para O Fim Do Mundo”, uma parceria entre Wally e Rodrigo Koala (que compôs “Chegou A Hora De Recomeçar”), mantém o pique e a carga emocional. A faixa, que já toca nas principais rádios do país e tem clipe dirigido por Johnny Araújo, também enfatiza a urgência de aproveitar ao máximo a vida.
Essa talvez seja a maior influência do CPM 22, o cotidiano e todas as emoções que uma pessoa sente ao longo de sua existência. Podendo passar por momentos de dissabores (“Irreversível”), ambigüidade (“Recíproca”), e até casos extremos como na lamuriosa “Jovem, Alcoólatra, Suicida”. Faixas como “Apostas & Certezas”, “A Cura” e “Depois Do Fim”, trazem o estilo consagrado pelo CPM22, onde as bases simples se juntam às melodias acentuadas e aos backing vocals marcantes. Assim fica fácil entender porque eles abriram caminho para outras bandas de hardcore no Brasil, tornando-se a maior, e mais influente referência do gênero. Em clima sorumbático, “Não Vá Embora” narra o desespero de quem já ficou sem um grande amor, reconquistou-o, e está a um passo de perdê-lo novamente.

O tempo na estrada só trouxe melhorias ao grupo, a começar por Badaui que além de estar mais solto, ampliando sua presença no palco, agora obtém maior segurança para gritar e variar o vocal. É o que ele faz com tremenda propriedade em “Pensamentos Negativos”, “Crise De Existência”, e “Reflexões” – que funciona como um banho de sal grosso e promete arder nas feridas de muita gente. Nelas, as influências de post-hardcore e até mesmo metal se fizeram presentes, seja nas guitarras afinadas em um tom mais baixo ou na potência que Japinha macetou seu instrumento.
A desesperada “Cidade Em Chamas” ganha ainda mais força em seu refrão caótico.
“Contagem Regressiva” teve sua estréia no show registrado em “CPM 22 O Vídeo 1995/2003” – DVD de Ouro ao atingir a marca de 25 mil cópias vendidas - e desde então é presença garantida nas apresentações.

O grupo mantém ligação direta com o fértil cenário independente. Seja nas colaborações de Koala (que há mais de 10 anos atua à frente do Hateen, que tem Japinha nas baquetas) ou com Carlos Dias, emblemático vocalista do Againe e do Polara, grupos diferentes, porém essenciais no contexto indie rock nacional. O gaúcho Carlinhos, como é conhecido, também costuma vagar pelas artes plásticas e visuais, e seus dotes podem ser conferidos na capa e encarte do CD. Há também Rodrigo Giannetto, do Fr!la, e ainda que não participando diretamente – o baixo foi gravado por Luciano – o músico e produtor respeitado na cena alternativa paulistana Fernando Sanches (Hateen, Againe, Van Damien, entre outros) ajuda a engrossar esse seleto time, já atuando como baixista nos shows do CPM 22.

Como em um sonho (ou filme), “Park, Park” mescla ficção com realidade, onde o personagem principal questiona a liberdade de seu mundo interior em conflito com a hipocrisia do exterior. A sonoridade se envereda pela linha tênue do rock alternativo. “Repetição” encerra o álbum em clima melancólico, com suas bases pesadas e a suave melodia de um tecladinho aparecendo rapidamente no final da canção.
Como um diário escrito entre quatro paredes durante longas madrugadas de solidão, as canções do CPM 22 contêm elementos que se contradizem, como agruras, alegrias, revolta, resignação e descrença... Mas sobretudo mostrando que com “Felicidade Instantânea” a luz no fim do túnel pode demorar, mas ela chega!


Sob olhares desconfiados e incrédulos, ao lançar seu álbum homônimo em 2001, o CPM 22 aparecia timidamente no cenário rock nacional. Apesar de toda a experiência e respeito adquiridos no underground paulistano, o grupo estava na mira de um público e mídia não familiarizados com o hardcore. Porém, músicas cheias de vigor como “Regina Let´s Go”, “Tarde De Outubro” (cujo clipe rendeu o prêmio na categoria Artista/Banda revelação no VMB, da MTV, em 2002), “Anteontem” e “O Mundo Dá Voltas” acabaram angariando a simpatia dos adolescentes e contagiando o país, resultando em uma vendagem de 120 mil cópias. A “prova de fogo” veio com o segundo disco, estigma que pode tanto consagrar quanto derrubar artistas não só de rock como de outros gêneros, mas que foi superada com o sucesso de 180 mil cópias vendidas de “Chegou A Hora De Recomeçar” (2002). Dele saíram faixas como “Desconfio”, “Dias Atrás”, “Especial Como Você”, “Ontem” e “Não Sei Viver Sem Ter Você”, exaltadas nos shows da turnê finalizada em janeiro. No mesmo mês, um capítulo importante foi encerrado na história da banda: a participação de Portoga como baixista. O contratempo serviu para que Badaui (voz), Wally (guitarra e voz), Luciano (guitarra) e Ricardo Japinha (bateria e voz) entrassem ainda mais unidos em estúdio, resultando no álbum mais maduro e diversificado do CPM 22.

A gravação de “Felicidade Instantânea”, que sai pela Arsenal Music, com distribuição da SONYBMG, foi feita no Midas Studios e a produção ficou mais uma vez nas mãos certeiras de Rick Bonadio, Rodrigo Castanho e Paulo Anhaia. A faixa-título abre o CD mostrando o hardcore característico do grupo, onde ao mesmo tempo já é possível notar mudanças sutis, como a fúria de Badaui bradando a aguerrida frase “Olá, sou eu que faço as canções pra você chorar”.




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