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15/09/2011 09:33:43

Atração do Rock in Rio, Lenny Kravitz aborda relações raciais em novo disco e diz que ainda espanta-se com atitudes retrógradas

Em meados de 2010, Lenny Kravitz achou que estava com seu 9º álbum nas mãos. O sucessor de "It’s Time for a Love Revolution" (2008) era "um disco bastante funk", ele diz, e estava praticamente pronto. Até que as coisas mudaram. "Enquanto eu finalizava o disco, comecei a compor outro tipo de canções. Elas saíam do nada e não tinham nada a ver com o que eu estava fazendo. Pensei em deixar de lado, mas as canções fluíam e eu senti que precisava trabalhar nisso naquele momento", ele conta sobre o que resultou no recém-lançado "Black and White America" --que ele mostra ao vivo no Brasil, no dia 30 de setembro, durante o Rock In Rio 2011.

O álbum com 16 canções, produzido pelo próprio Kravitz e no qual ele toca a maioria dos instrumentos, ainda tem alguns momentos funk, incluindo o primeiro single, "Stand", e "Super Love", uma jam à moda antiga. Mas as outras faixas levam Kravitz para longe disso: dos riffs hard de "Rock Star City Life" e "Come and Get It" --que foi usada pela a liga de basquete norte-americana da NBA em suas propagandas-- à ambiência aérea de "I Can’t Be With You", o psicodelismo de "Sunflower" que tem Drake como convidado, e os toques de reggae de "Boongie Drop", uma colaboração com o rapper Jay-Z e o DJ Military.

Resumindo, Kravitz cobre muito terreno, algo natural para ele, em parte por ser um produto da "América Preta e Branca" que ele canta na faixa título. "Eu sou completamente esquizofrênico e adoro isso", diz o cantor e compositor de 47 anos, que mora em Miami, mas também passa seu tempo nas Bahamas, onde gravou parte do álbum. "Tentei fazer um álbum que tivesse a mesma sonoridade em todas as faixas, mas não consigo. Quando vou para a esquerda, quero ir para a direita. Quando subo, quero descer. Tenho muitos estilos musicais dentro de mim".

Mistura de cores e sons
Kravitz nasceu em Nova York, filho de Sy Kravitz, um produtor branco judeu da NBC News, e de Roxie Roker, uma atriz bahamense afro-americana conhecida por interpretar Helen Willis no seriado "The Jeffersons" (1975-1985). Ele dividia seu tempo entre a casa de seus pais no rico Upper East Side de Manhattan, e a casa de sua avó materna no bairro pobre e de maioria negra de Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn.

"Cor nunca foi uma questão para mim, apesar de obviamente estar por toda a minha volta. Cresci em um lar onde eu sabia que meu pai tinha uma aparência diferente da minha mãe, mas os amigos de meus pais naquela época em Nova York, no final dos anos 60 e início dos anos 70, eram artistas, músicos, pintores, escritores, diretores e poetas, e muitas dessas pessoas namoravam pessoas que não eram de sua raça. Quando as pessoas chegavam, nosso apartamento ficava lotado de casais mistos. Alguns deles combinavam, mas muitos não", lembra.

Kravitz diz que nunca precisou enfrentar essa questão até ir para a escola. "Quando as outras crianças viam meus pais, elas transformavam isso em uma questão", ele conta. O grau de separação se tornou maior em 1974, quando a família se mudou para Los Angeles para sua mãe trabalhar "The Jeffersons". "As pessoas em Los Angeles eram mais facciosas", lembra Kravitz, que frequentou a Beverly Hills High School. "Quando você ia para o refeitório no almoço, as crianças negras sentavam em um canto, os garotos do rock em outro, os nerds tinham seu próprio lugar e os mexicanos ficavam em outro espaço. Eu circulava entre todos, porque eu era assim".

Para Kravitz --que começou a tocar bateria aos 5 anos e, gradualmente, aprendeu outros instrumentos, assim como passou três anos no Coral de Meninos da Califórnia- esse deslocamento provou ser benéfico. "Como eu tinha amigos em todos esses grupos, eu escutava todo tipo de música. Por isso minha música sempre sai com essa mistura, de todas as formas".

O disco certo para o momento
Amigo na adolescência da cantora Teena Marie, que se transformou em sua mentora, Kravitz convenceu seu pai a aplicar o dinheiro reservado para a universidade em uma gravação, trabalhando em uma demo que lhe rendeu um contrato de gravação em 1989. Seu álbum de estreia, "Let Love Rule" (1989), ganhou disco de ouro. Seu sucessor, "Mama Said" (1991), recebeu disco de platina e "Are You Gonna Go My Way" (1993) chegou a dois discos de platina. Kravitz já vendeu cerca de 40 milhões de álbuns, ganhou quatro prêmios Grammy e teve sete sucessos na parada norte-americana, entre eles uma regravação do sucesso de 1970 do Guess Who, "American Woman", para a trilha sonora do filme "Austin Powers – O Agente ’Bond’ Cama" (1999).

Ele vê "Black and White America" como uma espécie de somatório da carreira. "Acho que o disco realmente mostra de onde venho. Todos os álbuns são pessoais, mas acho que este parece ser o certo para este momento. Acho que ele fala mais da minha história, e dá para as pessoas mais entendimento sobre mim e minha vida", resume. A faixa título de "Black and White America" é a chave de tudo: a canção foi inspirada por um documentário sobre as relações raciais polarizadas nos Estados Unidos. "Eu simplesmente me espantei que as pessoas nesta era, a esta altura, consigam ser realmente retrógradas em suas atitudes", diz Kravitz.

Mas foi a canção "Push" que de fato o afastou do álbum funk que ele tinha quase terminado e o levou para aquele que se tornou seu atual lançamento. "Eu moro em um trailer Airstream na praia e eu sonhei com aquela canção. Fui ao estúdio, que fica atrás do meu trailer, e gravei a canção. Então vieram ’Looking Back on Love’ e depois ’Black and White America’. E quando esta veio, eu sabia que seria a faixa central, e daí não olhei mais para trás e apenas segui a música".

O primeiro single, "Stand", tem um apelo especialmente pessoal para Kravitz. "Ele foi composto para uma pessoa muito querida minha, que ficou paralisada da cintura para baixo em um acidente. Eu não estava no país na época com a pessoa, mas queria dar a ela algumas palavras positivas e algo para continuar ouvindo, para ajudar a motivá-la. E o que eu podia fazer era apenas fornecer algumas palavras positivas. E agora, felizmente, mais de um ano depois, essa pessoa está em pé de novo, o que é uma verdadeira bênção".

O antigo guitarrista de Kravitz, Craig Ross, ajudou em partes de "Black and White America", assim como o músico de Nova Orleans e líder de banda Trombone Shorty. Mas são as participações especiais de Drake, Jay-Z e DJ Military que chamam mais atenção, especialmente para os fãs que esperavam por Kravitz adicionar mais rap em sua música. "É tudo música, não é? Eu vou apenas onde a música me leva, se eu escuto algo em uma faixa, eu faço. Não faço nada pensando em ’ora, isso é o que está na moda no momento’", garante.

Kravitz conta que, quando compôs "Boongie Drop", ele ouviu um rap no meio e imediatamente veio a voz de Jay. "Como já tínhamos colaborado duas vezes antes, eu liguei para ele e, quando fui para Nova York, eu o adicionei à faixa. E então falei ao telefone como Drake para (’Sunflower’) antes mesmo dele ouvir a faixa, e ele disse: ’sim, eu faço. Eu sou fã e adoro seu trabalho, adoraria estar nele’. Isso foi muito legal. Se sinto algo, eu faço, e essas colaborações são muito legais".

Turnê e empolgação na carreira
Kravitz planeja uma turnê tipicamente longa para divulgação de "Black and White America", começando na Europa e chegando à América do Norte no final de 2011 ou início de 2012. Ele diz estar "100% satisfeito" com o novo material, e aguarda ansiosamente para tocá-lo em seus shows. No geral, o cantor e compositor está empolgado por ainda estar empolgado.

"Fico feliz por estar fazendo isto há 21, 22 anos, e ainda estar com a mesma fome de quando fiz ’Let Love Rule’. Permaneço igualmente inspirado e empolgado, e isso é uma dádiva, porque já vi muitos artistas e pessoas que conheço que fazem isto há anos, e algumas ficam tão calejadas e cansadas que ficam sem inspiração, que não querem mais fazer isto. Eu me sinto abençoado por estar onde estou, porque adoro fazer música e ainda sinto tudo novo, mesmo após todos estes anos".

*Gary Graff é um jornalista free-lance baseado em Beverly Hills, Michigan.




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