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08/04/2009 17:36:56

História dos Times - Corinthians

Fundação: 1º de setembro de 1910 São Paulo-SP
Estádio: Alfredo Schürig (Fazendinha)
Capacidade: 18 mil pessoas
Presidente: Andres Sanchez
Site oficial: www.corinthians.com.br

Sport Club Corinthians

Que ninguém pense que a história de “time do povo” é balela inventada na modernidade: numa época em que o futebol ainda era mais “football” do que qualquer outra coisa e tinha fama de esporte da nobreza inglesa, foram cinco operários do bairro paulistano do Bom Retiro que tiveram a idéia de fundar um clube e passaram um longo tempo convidando conhecidos para se juntarem à iniciativa. A coisa ganhou ainda mais força naquele ano de 1910 quando os ingleses do Corinthian Football Club excursionaram por São Paulo e derrotaram a Associação Athlética das Palmeiras. O clube bretão, chamado pela imprensa brasileira de “os corinthians” ganhou primeiro um grupo de fãs; depois, um xará que se tornaria muito mais popular.
No dia 10 de setembro de 1910, nove dias depois de sua fundação, o Sport Club Corinthians Paulista realizou sua primeira partida – derrota de 1 x 0 contra o União da Lapa. No segundo jogo, contra o Estrela Polar, veio a vitória inaugural: 2 x 0, com gols de Luiz Fabi e Jorge Campbell.



A equipe tinha campo, um terreno aplainado na rua José Paulino, e começava a ter sucesso na várzea paulistana. Em 1913, planteou sua associação à Liga Paulista de Futebol e, a partir de então, passou a ser o quarto dos chamados “Três Mosqueteiros”, ao lado de Americano, Germânia e Internacional. Eram os quatro times que disputavam aquele Campeonato Paulista, já que havia uma cisão e outras equipes se juntavam ao da Associação Paulista de Esportes Amadores. O fato é que, no segundo campeonato estadual que disputou, em 1914, o Corinthians de Aparício e do artilheiro Neco não deu chances aos rivais e se sagrou campeão. Dois anos depois, com a mesma base, veio o segundo título, em 1916, e a primeira seqüência de domínio do futebol paulista: ainda sob o comando de Neco e de Gambarrotta, o time foi tricampeão entre 1922 e 24. Quando já havia inaugurado a Fazendinha e o Parque São Jorge, mas ainda com Neco - além de Filó e Del Debbio - o time conquistou outro tricampeonato entre 28 e 30. Após um breve período para reconstruir o time após a geração que conquistara o Estado, o alvinegro se sagrou o famoso “Tri do Tri”: entre 37 e 39, embalado pelos gols de Carlinhos, Servílio e Teleco, que foi quatro vezes artilheiro do Paulistão.
Agora sim, era momento de parar tudo e reconstruir: durante a década de 40, o Corinthians ganhou a incômoda alcunha de “faz-me-rir” por causa das más campanhas seguidas dentro do Estado. Quando o sucesso chegou para acabar com aquilo, já foi também para expandir as fronteiras: em 1950, o Timão era campeão do Rio-São Paulo. Formava-se a grande equipe do habilidoso Luisinho, o “Pequeno Polegar”; do “Cabecinha de Ouro” Baltazar; de Carbone; de Mário e de Cláudio Christovam de Pinho, até hoje o maior artilheiro da história do clube. Foi com essa linha de frente e com Gilmar dos Santos Neves debaixo das traves que os corintianos viveram um de seus anos mais espetaculares, 1954, quando conquistaram o bi do Rio-São Paulo e o simbólico – mas valorizadíssimo – título estadual que valeu a Taça do IV Centenário da Cidade de São Paulo.



Passados os tempos gloriosos dessa grande linha de frente, iniciou-se um dos períodos mais duros da história do Corinthians. Durante 23 anos, entre 1954 e 77, o único troféu conquistado foi o Rio-São Paulo de 1966 (cujo título, por causa da confusa preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, acabou sendo dividido com Botafogo, Santos e Vasco, os outros semifinalistas).



Naquele ano, o clube fez uma contratação que prometia ser bombástica; o complemento ideal para a linha de frente que, apesar de envelhecida, seguia intacta. O Timão trouxe Garrincha, o grande responsável pelos dois títulos mundiais que o Brasil possuía. Mas não durou quase nada: àquela altura, o joelho e os problemas psicológicos já deixavam o País sem um de seus maiores ídolos. Foram tempos duros, tempos em que, durante 11 anos, o Santos de Pelé mandou no Corinthians: nem uma derrota sequer em Campeonatos Paulistas. O fardo só saiu dos ombros depois de 22 partidas, quando, em 68, com gols de Flávio e Paulo Borges, os corintianos conseguiram o alívio. Um título, porém, ainda era coisa distante, embora às vezes não parecesse. Em 74, por exemplo, com o craque Rivellino vivendo seu auge e uma equipe que tinha Zé Maria e o goleiro Ado, perdeu uma final frustrante por 1 x 0 contra o Palmeiras. Foi um golpe tão duro que a culpa recaiu sobre Rivellino, que se transferiu para o Fluminense. E, por coincidência, foi com ele jogando no tricolor carioca que aconteceu uma das maiores peregrinações de que se tem notícia, coisa bíblica mesmo: em 76, no segundo jogo da semifinal do Campeonato Brasileiro, milhares de corintianos (há quem diga 70 mil) foram ao Maracanã assistir a Tobias, Ruço, Wladimir, Vaguinho e Geraldão imporem a eliminação ao Flu, nos pênaltis. Era a “Invasão Corintiana”, gota d’água que faltava para ninguém mais duvidar do apelido que a torcida corintiana ganhou durante esse período de secura, durante o qual nunca deixou de apoiar o time: a Fiel. O presente depois de tanta espera foi merecido e veio numa das partidas mais famosas da história do futebol paulista. Quase 150 mil pessoas no Morumbi para a terceira partida da final do estadual de 1977, entre o brigador Corinthians e a talentosa Ponte Preta de Carlos, Oscar e Dicá. Outra vez sob o comando de Oswaldo Brandão – o técnico do último título, o do IV Centenário -, precisando da vitória, o Timão chegou ao que queria num gol feio, sofrido e chorado de Basílio, o “Pé de Anjo”. Do jeito que a Fiel queria e sonhava.



Com 23 anos de história a menos sobre os ombros, era mais fácil se concentrar para qualquer coisa, inclusive para contratar e ousar. Além de grandes jogadores, o Corinthians calhou de trazer para o parque São Jorge jogadores esclarecidos e politizados, como Zenon,



Sócrates e Casagrande. O Brasil vivia os últimos estertores da ditadura militar que zelava por nossa alegria desde 1964, e um grupo de gente (e gente famosa e com milhares de seguidores) era tudo o que não interessava aos poderes. É por isso que um time que a princípio não fez nada gigantesco – conquistou o bicampeonato paulista de 1982 e 83 – tornou-se uma das formações mais famosas de todo o futebol do País. A Democracia Corintiana aboliu a concentração, flexibilizou as regras arcaicas que regiam um grupo de futebol desde os tempos do Corinthian Football Club. Entrar no campo para uma final carregando uma faixa que diz “ganhar ou perder, mas sempre com democracia” não é exatamente algo que se vê acontecendo todo fim de semana por aí. Gente como o cult Biro-Biro ainda sobreviveu até a conquista seguinte, em 1988, com gol de carrinho daquele que seria um ídolo durante um bom tempo, Viola. Chegavam o goleiro Ronaldo – outro que virou ícone do corintianismo -, os volantes Márcio e Wilson Mano. Era o coração da equipe que não era genial, mas era valente, e que traria ao Timão sua primeira conquista realmente nacional.



Além de Giba, Fabinho, Marcelo e o “xodó” Tupãzinho, estava o elemento central daquilo tudo, um dos ídolos mais apaixonantes para o corintiano e provavelmente o maior batedor de faltas que o Brasil já viu: Neto colocou o Corinthians nas costas na reta final do Campeonato Brasileiro de 1990 e transformou o azarão em campeão, com uma vitória por 1 x 0 em cima do São Paulo; gol de Tupãzinho – outro gol aparentemente sem-graça, mas com o componente emocional que parece só entrar em cena quando o Corinthians está envolvido.
Aquela base fez aquilo, e foi mais do que o bastante. O Timão era um time enorme para todo o Brasil, e o tempo tratou de deixar isso mais e mais claro durante os anos 90. Os novos ídolos foram, aos poucos, chegando, e em 1995 deixaram uma marca inesquecível: Marques, Zé Elias, Silvinho e o novo ídolo da torcida, Marcelinho Carioca, conquistaram o Paulista e a Copa do Brasil daquele ano. Dois anos depois, uma parceria econômica com o Banco Excel garantiu reforços para o título paulista de 97 e, finalmente, a montagem de um esquadrão que, num período de três anos, ganharia tudo o que era possível ganhar:



Rincón, Vampeta, Ricardinho, Edílson, Gamarra, Fábio Luciano, Kléber, Edu... O Corinthians contou com o pé-quente do centroavante Dinei para derrotar o Cruzeiro e se sagrar campeão brasileiro de 98. O ano seguinte foi o do título paulista das embaixadinhas de Edílson – que, ao final da partida contra o que dava o troféu ao Timão, parou a bola, fez um pouco de arte e desencadeou uma gigantesca confusão no Morumbi. No segundo semestre, veio outra campanha inigualável no Brasileirão, que incluiu a famosa eliminação do São Paulo na semifinal – quando Dida agarrou dois pênaltis de Raí na mesma partida – e vitória na decisão contra o Atlético-MG, graças aos gols de Luizão. São Paulo, Brasil, faltava um título internacional para acabar com a gozação dos rivais. Ele veio de uma maneira que alguns reclamam – já que o primeiro Mundial de Clubes da FIFA, no Brasil, em 2000, teve critérios de classificação estranhos, foi realizado no período de férias dos jogadores europeus e só foi ter continuidade cinco anos depois. Mas o fato é que o Timão enfrentou Real Madrid e Vasco e, sim, foi campeão do mundo, ao vencer a decisão de pênaltis contra os vascaínos no Maracanã. Dali, seguiram-se mais dois Paulistas e mais uma Copa do Brasil, em 2002, com Deivid e Gil.



A grandeza do Corinthians degringolou de forma insólita, gradual e algo deprimente. Porque incluiu mais fatos desenrolados fora do campo do que dentro dele. Em 2004, o clube firmou uma parceria com a obscura empresa MSI (Media Sports Investment), que passou a co-gestionar o departamento de futebol do clube por meio de seu representante no Brasil, o iraniano Kia Joorabchian – um personagem cuja criação David Lynch assinaria com orgulho.



A princípio, foi tudo excelente: o dinheiro estrangeiro trouxe Nilmar, Roger e os cracaços Mascherano e, principalmente, Carlitos Tevez - o sujeito que, mesmo sendo argentino, encarou sem problemas a birra, a xenofobia e a exigência da Gaviões da Fiel e foi o maior ídolo do futebol brasileiro em 2005, ano em que o acordo com a MSI parecia ter sido coroado, com o tetracampeonato brasileiro. Mas bastou a eliminação na Libertadores de 2006, nas mãos do River Plate, e o moral começou a baixar. As cobranças aumentaram; a investigação sobre a origem esquisita de tanto dinheiro e as possíveis ligações com o ainda mais esquisito magnata Boris Berezovsky esquentaram. O acordo com a MSI foi cancelado, e começaram então as investigações sobre a gestão, que parecia vitalícia, de Alberto Dualib na presidência. Também ele caiu. Todos os jogadores se foram; com quem sobrou, formou-se um dos piores times da história do Corinthians. Não havia como evitar: assim, num período de dois anos, o sonho do Timão acabou, e de campeão o clube foi parar na segunda divisão do Brasileiro, o pior jeito possível de colocar os pés no chão. Agora, os torcedores se perguntam: terá sido o suficiente para aprender a lição e começar a reconstruir a grandeza de forma sólida e consistente?
E parece que aprendeu! Após uma bela campanha no ano de 2008, com o vice-campeonato da Copa do Brasil e a conquista da Série B com larga vantagem sobre seus adversários, o Corinthians voltou à Série A do Brasileirão. Nomes como Dentinho, Douglas, Willian e Felipe foram os responsáveis pela redenção. O retorno à elite acontece em grande estilo, com a presença de Ronaldo "Fenômeno", que voltou ao Brasil para vestir a camisa do alvinegro do Parque São Jorge.



*Atualizado em 22 de janeiro de 2009






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