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04/02/2009 11:02:48

Sem dificuldade, Alanis conquista público em SP

Uma jovem e talentosa cantora fazia um sucesso considerável na década de 1990 no Canadá e, aos 21 anos, resolveu exercitar sua raiva e perspicácia pós-adolescentes em um álbum, seu terceiro (ela era precoce). O resultado – o disco Jagged Little Pill – vendeu 30 milhões de cópias desde 1995 e fez de Alanis Morissette trilha sonora de uma geração. Mais de dez anos se passaram e a já nem tão jovem Alanis se apresentou ontem à noite no Via Funchal, em São Paulo, durante sua quinta passagem pelo Brasil.

Muita coisa aconteceu nesse meio tempo. Alanis teve mais desilusões amorosas, brincou de interpretar Deus no cinema, viajou à Índia, descobriu o budismo, virou vegetariana. Seu amadurecimento está paulatinamente refletido em outros quatro álbuns, o último deles – Flavors of Entanglement – do ano passado, composto na fossa, pouco depois de romper um noivado. O temperamento explosivo e indignado que inspirou a devoção de garotas e garotos deu lugar a letras ponderadas e conscientes, posicionando a cantora no terreno do pop adulto.

Tudo isso é para dizer que Alanis mudou, assim como seu público, que cresceu junto com ela e acompanha sua carreira. Boa parte dele, pelo menos da base de fãs brasileira, está podendo ver de perto a cantora, que resolveu cantar em 11 cidades do país. No show em São Paulo, com ingressos esgotados, o apoio desse público ficou evidente. Na pista lotada, ecoavam gritos insistentes de “Alanis, Alanis” antes mesmo do horário de início. O atraso de meia hora, então, só provocou maior intensidade, inclusive para bandeiras do Canadá tremularem no vento do ar-condicionado.

No palco, o cenário se restringia a um painel mostrando o sol poente, flores, galhos secos e uma silhueta da cantora. A primeira música foi apresentada só pela banda de apoio, com Alanis cantando fora de cena “The Couch”, que ainda aparece em outros dois momentos. Isso já foi suficiente para os fãs irem ao delírio e iniciarem os trabalhos do grande caraoquê no qual o Via Funchal ia se transformar: as canções eram acompanhadas verso a verso, aos berros, pela plateia.

Na sequência, para delírio geral, entrou Alanis para defender, dramática, “Uninvinted”, utilizada no filme “Cidade dos Anjos”. À introdução monocórdia no teclado, seguiram-se a bateria e duas guitarras, tudo pesado, sombrio. Em transe, Alanis batia cabelo como nos velhos tempos – saltava, se contorcia, entortava as mãos. “É um prazer estar aqui, muito obrigada”, disse ao final, em uma de suas poucas conversas com o público.

A energia se esvaiu na música seguinte, “Versions of Violence”, e voltou com força em “All I Really Want”, em especial pela presença da gaita de boca, principal alvo dos gritos deliciados da pista. “The Couch” abaixou os ânimos, “Not the Doctor” levantou. Esse sentimento de gangorra, se passou longe dos fãs mais dedicados, era claro para o resto da plateia. As conhecidas faixas de Jagged Little Pill – oito no repertório – tinham uma acolhida impressionante, ensurdecedora; as outras, não. Salvo nas performances curiosas de Alanis, como em “Moratorium”, quando ela rodopiou por mais de um minuto, sem parar, com os braços abertos.

Quem não ajudou também foi o som. Apesar dos instrumentos soarem límpidos, o microfone da cantora – logo de quem! – estava baixo e sem equalização. Foi difícil conferir o timbre característico e a bela potência vocal da estrela da noite. O problema, incrivelmente, só foi resolvido no terço final do show, quando, aliás, começou um comemorado bloco acústico. O palco foi reformulado rapidamente para os violões entrarem em cena, Alanis sentar num banquinho e interpretar a excelente “Hand In My Pocket” – destaque do oportunista Jagged Little Pill Acoustic –, além de “Underneath” e “Everything”. A plateia veio abaixo, deixa perfeita para a primeira despedida.

Alanis saiu do palco e na volta trouxe na manga para o bis “somente” dois de seus maiores sucessos: “You Learn” e “Ironic”, tocadas com a banda plugada novamente. O fogo continuou aceso até o segundo bis com “Thank U”, composta em homenagem à Índia. O adeus caloroso ao som do single oriental, com direito a sinais de paz fora e dentro do palco, e a preferência pelo formato acústico corroboram a ideia de que os fãs acompanharam a evolução de Alanis, da ira para a calmaria. Pode ser a faceta que garantiu o amor do público atual, mas não é necessariamente a melhor.

Depois do show na capital paulista, Alanis segue para o Rio de Janeiro (dia 4), Belo Horizonte (dia 5), Florianópolis (dia 7) e Porto Alegre (10).

Veja o setlist do show em São Paulo:
“The Couch 1”
“Uninvited”
“Versions of Violence”
“All I Really Want”
“The Couch 2”
“Not the Doctor”
“Not As We”
“Head Over Feet”
“The Couch 3”
“Sympathetic Character”
“Perfect”
“Moratorium”
“You Oughta Know”
“Tapes”
“Hand In My Pocket” (acústica)
“Underneath” (acústica)
“Everything” (acústica)
Bis:
“You Learn”
“Ironic”
Bis 2:
“Thank U”




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