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03/12/2010 10:52:02

Alexa Chung: o nascimento da nova

Modelo inglesa, que rejeita roupas do personal stylist e virou "a Kate Moss da nova geração", diz ter nojo do glamour hollywoodiano

Enquanto saboreia uma salada caprese com queijo burrata, vagem e uma Coca-Cola, numa tarde dessas no Bowery Hotel (em Nova York), a modelo, apresentadora da TV britânica e fenômeno da cultura pop, Alexa Chung, explicava a cor de seus cabelos, que geralmente lembra uma tintura precisando de retoque. “Eu disse ao cabeleireiro que queria ficar igual ao Kurt Cobain. Estava indo para América e eles iam deixar meu cabelo brilhante e eu não queria nada daquilo. Eu queria ficar igual ao Kurt Cobain”, diz a estrela de 26 anos.

No início, tropeço na MTV dos EUA: "Era preciso se adaptar, e não fiz isso"

Na cidade para filmar “Thrift America”, nova série de TV sobre como comprar roupas de brechó e outras parafernálias, Chung estava usando uma saia escura J.W. Anderson, um cardigã Isabel Maranta e sapatilhas Russel & Bromley – a queda por sapatilhas é um de seus charmes, além dos cabelos agora copiados por todo mundo, que já cativaram o alto escalão do mundo fashion. “Todos os meus ícones de beleza são homens. Tudo tem a ver com a falta de esforço, com um visual desarrumado”, diz.
O visual descolado e chique de Chung (quando o correio não entregou um vestido que tinha comprado, ela usou shorts pretos e camisa branca de botões para a premiação CFDA/Vogue Fashion Fund Awards), o que lhe garantiu um grupo de admiradores poderosos. Ela é uma musa descolada para Karl Lagerfeld, figurinha repetida nas páginas de revistas de moda e de música e uma inspiração para jovens blogueiros. “Chung se tornou a Kate Moss da nova geração”, disse Jane Keltner de Valle, diretora de jornalismo de moda da Teen Vogue. “Teve uma época em que a moçada bonita só queria saber de Kate, agora elas só querem saber de Alexa”.
Mas conseguir alcançar o posto de “it girl” na América (título que ela rejeita) não foi nada fácil. Apesar de ser uma superestrela na Inglaterra, seu primeiro programa na TV americana, o “It’s On With Alexa Chung”, na MTV, foi cancelado no ano passado depois de duas temporadas.
Mas o tropeço na carreira pouco afetou seu status de estrela no mundo fashion. No ano passado, milhares de pessoas deixaram seus nomes na lista de espera por uma bolsa Alexa, modelo de US$1.150 em couro de búfalo da marca inglesa de artigos de luxo Mulberry. Inspirada em uma pasta vintage masculina da mesma marca, usada por Chung, o novo modelo se tornou um sucesso de vendas imediato, disse Godfrey Davis, CEO da empresa, aos investidores.

Novos ares: oposto do visual de deusa guerreira de Beyoncé ou Lady Gaga

E o novo produto gerou uma série de outros modelos de bolsas, como a Alexa Hobo e a Oversized Alexa. Muitas delas fazem parte da coleção que Chung ajudou a desenhar para a Madewell, rede de lojas da J. Crew, que teve seu estoque esgotado logo depois do lançamento em setembro. Millard Drexler, CEO da J. Crew, durante a reunião de anúncio de resultados da empresa, disse que Chung despertava a curiosidade das mulheres. “Principalmente as de 20 e poucos anos – elas buscam por Chung no Google o tempo todo” (ele também disse suspeitar que, fora de Nova York, a maioria das pessoas provavelmente nunca ouviu falar da moça).

Roupas "na lata de lixo"
De fato, enquanto Chung aparece nas capas das edições britânicas da Vogue, Elle e Harper’s Bazzar – além de figurar na lista do jornal Sunday Telegraph das 100 mulheres mais poderosas da Inglaterra – o público de massa americano parece estar mais interessado no comportamento grotesco das irmãs Kardashian e Kate Gosselin do que na informalidade chique de Chung. Mas “Thrift America”, que será transmitido pelo canal PBS no próximo verão, deve introduzir Chung a um segmento maior de americanos. Durante o show, ela e Maya Singer, criadora da série e editora de projetos especiais para o site Style.com, irão vasculhar feiras de usados e mercados de pulgas de todo o país em busca de vestuário, móveis, equipamentos musicais e outros tesouros em potencial para usar em diversos tipos de criação.
Alguns dos lugares que elas planejam visitar incluem Orlando, Nashville, Alabama e o Brooklyn nova-iorquino (além de Londres e Paris). No primeiro episódio, Chung ajuda Pamela Love, designer de joias góticas, a criar uma pop-up store em Londres durante a Semana de Moda. Algo como uma fusão dos programas “Antiques Roadshow” e “Anthony Bourdain: No Reservations”. Singer disse que os telespectadores ansiosos para imitar o estilo high-low da apresentadora inglesa verão, em primeira mão, “o que Alexa Chung arranca da lata de lixo nas feiras de usados”.
Conhecida na Inglaterra como modelo, apresentadora de diversos programas de moda e de música e namorada de Alex Turner (líder da banda Arctic Monkeys), Chung não tem personal stylist, o que lhe garantiu certa credibilidade no mundo da moda. Corin Nelson, produtora executiva do programa “It’s On With Alexa Chung”, disse que enquanto outras apresentadoras de TV vestem o que é escolhido para elas, Chung disse que as roupas que foram compradas para usar não eram bem do seu estilo. Então, toda manhã ela se vestia por conta própria, misturando suas peças vintage – como shorts jeans Levi’s de cintura alta com botinas Chanel, camisetas e suéter novos.

"É bem fácil se vestir como Alexa Chung", resume Grinspan, do Racked NY

“Ele costuma andar ao ritmo de sua moda própria”, disse Nelson. O estilo de Chung pode ser descrito como uma Lolita moleque (delicados vestidinhos misturados com sapatos escoceses). Para conseguir o visual, ela conta com a arraigada habilidade inglesa de usar roupas em camadas. “O clima tem um papel importantíssimo na Inglaterra. É sempre frio e imprevisível. Também gosto bastante do aspecto meio ‘tolo’ do estilo inglês de se vestir”, diz. “Ela tem aquele tipo de personalidade despreocupada da sua irmã mais velha ou da amiga mais legal”, disse Izzy Grinspan, editora do blog sobre compras Racked NY. “E não tem nada de agressividade sexual. Nenhuma agressividade”.
Grinspan diz que ela é a antítese do visual de deusa guerreira de Beyoncé ou Lady Gaga. “É bem fácil se vestir como Alexa Chung e você se sente renovada e leve”. E, ao contrário de muitas outras lançadoras de tendências de sua idade, é mais provável que Chung mostre aos paparazzi um sinal de paz do que a sua calcinha. “Nenhum tipo de criação pode preparar alguém para essa sensação estranha de estar de frente para um monte de flashes e ter de atuar de forma natural”, disse ela. “E eu sou realmente péssima em parecer elegante e graciosa, em fazer esse tipo de coisas”. Ainda assim, Chung estirou seu pescoço e cerrou os olhos, conseguindo uma aparência convincente em um outdoor da Calvin Klein. “Até consigo fazer, mas aquele porte, aquela coisa do glamour hollywoodiano é meio ridículo. Tenho nojo daquilo”, diz.

Fazendo os amigos certos
Talvez sua atitude, juntamente com o horário desfavorável da tarde, pode ter parte da culpa do fracasso de seu programa diurno de entrevistas com celebridades e apresentações musicais na MTV. Em 2009, ela pegou um apartamento no Brooklyn (NY) com seu namorado e começou a entrevistar gente como Lady Gaga, Alicia Keys e Snoop Dogg, com o estilo atrevido e sutil que é sua marca registrada. “Eu suponho que meu estilo de apresentar é muito diferente das apresentadoras que são só um adereço para o homem”, disse Chung. Quando questionada se seria necessário fazer ajustes para o público americano, ela respondeu: “Eu acho que é preciso, sim. Mas eu não fiz. E isso explica muita coisa”.
Se o programa fracassou, o mesmo não aconteceu com Chung. Ela já tinha começado a conquistar o mundo fashion. No ano passado, apareceu no baile de gala do Emmy Awards, no New York Hilton and Towers; na festa da Teen Vogue na loja Louis Vuitton; no MTV Video Music Awards; na estreia nova-iorquina do documentário “The September Issue”; na festa da Saks Fifth Avenue para o novo espaço da Calvin Klein; e na comemoração anual "25 Women of Fashion" do site Men.Style.com no Palace Hotel. Chung diz que isso não foi uma nova estratégia de relações públicas. “No senso prático, eu só estava tentando fazer amigos. Não conhecia ninguém quando vim para Nova York”.
Aparentemente, ela fez os amigos certos. No final do ano passado, foi considerada uma das mulheres mais bem vestidas do ano pela Vogue. E blogs de fãs – como Daily Alexa Chung, alexachungworld.com e iwanttobealexachung.tumblr.com – assim como blogs de moda – como o Refinery 29 e o Fashionista – descreviam todos os movimentos da jovem inglesa.
Na Semana de Moda de Nova York, em setembro, ela parecia onipresente: lá estava ela na primeira fila do desfile de Phillip Lim e também na loja Madewell, no Soho, durante o evento Fashion’s Night Out. Neste ano, Chung também apareceu na campanha publicitária da marca Pepe Jeans, além de ser o rosto de Joy of Pink, nova fragrância Lacoste.
Apesar de toda a atenção que atrai, Chung encolhe os ombros quando lhe dizem que ela é original. “Muitas amigas minhas se vestem desse jeito, então me sinto meio mal por ter feito uma carreira em cima disso”, disse ela.
Ela diz ter herdado do pai, designer gráfico, o olho para a boa proporção. “Eu simplesmente aplico isso às roupas. E eu me visto para o meu corpo. Então, é muito lisonjeiro que as pessoas queiram copiar meu estilo, mas tudo não passa de usar o que realmente me cai bem, ou seja, o que fica bom para quem tem pernas longas e finas e nada de seios. Eu me visto para acomodar o meu corpo”.
Chung é a mais nova de uma família de quatro filhos do vilarejo Privett in Hampshire, localizado cerca de 70 milhas de Londres. Sua mãe é dona de casa, para quem a moda nunca foi uma prioridade. “Nossa vida era andar a cavalo e ir a exposições de cachorros”, conta. Sua obsessão pela moda foi despertada nos anos 80 pela série de TV britânica “The Clothes Show”. Aos 16 anos, ela foi encontrada por uma agência de modelos no festival de música Reading. A profissão, porém, a decepcionou. “Não consigo explicar o tédio que eu sentia e como minha autoestima diminuiu. Eu me sentia desprezível por estar fazendo um trabalho que não tinha nada a ver com mérito próprio. Era simplesmente fazer algo que me foi dado pelos meus pais”.
“As meninas mais lindas do mundo que conheci enquanto eu era modelo também eram as mais deprimidas”, diz. Mas, em 2006, Chung conseguiu um emprego como apresentadora de seu programa de TV preferido, o “Popworld”. “Aquilo realmente me arrancou de um momento superdepressivo. Como minhas opiniões tinham sido reprimidas, foi muito libertador poder me expressar daquela forma, pois o tom do programa geralmente é bem sarcástico. Eu fiquei conhecida por ser bastante mordaz”.
Ela continuou apresentando outros programas da TV britânica, como “Frock Me”, “Gok’s Fashion Fix” e “Gonzo With Alexa Chung”. Agora, ela pretende continuar trabalhando como modelo (em projetos de sua escolha), escrevendo (ela é colaboradora da Vogue britânica), fotografando (já se fala em uma exposição) e desenhando, talvez uma segunda coleção para a Madewell. “Eu espero que sim. Eles me mandaram umas flores lindas no meu aniversário”, diz.
Enquanto observa as últimas folhas flamejantes nas árvores do pátio aquecido do hotel, Chung diz que algum dia gostaria de morar em Nova York novamente. Um dia ela também quer ter filhos... E uma casa. Conta que outro dia seu namorado lhe perguntou: “O que você quer da vida?”.
“Tudo”, Chung respondeu.




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